Foto: João Guilherme
João Guilherme da Silveira
Na semana passada a reportagem do Jornal Gazeta Catarinense foi procurada por profissionais que atuam no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), para apontar uma situação que vem ocorrendo desde o início do ano letivo em um terreno próximo a unidade no Bairro São Luiz, em São Miguel do Oeste. De acordo com o diretor geral do Campus, Diego Albino Martins, há mais de duas semanas que a direção tem percebido a queima de entulhos e a geração excessiva de fumaça que chega até o prédio da instituição de ensino.
Albino Martins afirma que um oficio será encaminhado à Prefeitura e a Câmara de Vereadores nos próximos dias, a fim de informá-los, oficialmente, sobre a situação. “Já contatamos a Polícia Ambiental e os Bombeiros. Ambos vieram até o local, no entanto, a Polícia Ambiental não encontrou os responsáveis pelo início do fogo e os bombeiros, quando vieram, apagaram o fogo. No entanto, alguns instantes depois, o fogo havia reiniciado. Estamos concluindo um ofício relatando a situação e os problemas que estamos enfrentando em virtude desse fato”, explica.
Martins frisa ainda que a principal razão da reclamação deve-se a interferência que a fumaça gerada está causando nas atividades em sala de aula. “O excesso de fumaça, a qual não se sabe de que tipo de material é originário, chega até nossos ambientes, inclusive salas de aula, e já estamos com problemas de alunos com alergia e dificuldades para permanecer na sala de aula”, complementa.
A professora da área de biologia da instituição, Paula Guadagnin, reforça ainda que as queimadas, além de constituírem crime ambiental, podem causar danos à saúde ou mesmo agravar possíveis doenças respiratórias. Ela acrescenta que além de prejudicar os alunos e servidores do campus, o problema também afeta a comunidade vizinha. Estudantes ainda relatam que a fumaça causa enjôo e tonturas, atrapalhando o desenvolvimento das aulas.
Área é liberada para entulho vegetal e de construção
À reportagem do Jornal Gazeta Catarinense, a secretária de Desenvolvimento Urbano, Ilione Pedrozo, informou que a área é liberada para depósito de entulho vegetal e de construção, no entanto este é recolhido por uma empresa, restando apenas o entulho vegetal, que é coletado diariamente e depositado no local.
Ilione salienta que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano foi alertada sobre o caso e chamou o Corpo de Bombeiros para resolvê-lo, e que desde então, não foi mais procurada, só tendo conhecimento das reclamações a partir da reportagem do Jornal Gazeta Catarinense. Ela reforça que a área é protegida por dois portões para evitar a entrada de veículos que possam vir a depositar entulhos no local, entretanto, há locais de mato que podem ser acessados, impossibilitando a restrição da entrada de pessoas no local.
A secretária ressalta que a área não é equipada com câmeras e isso dificulta a identificação de quem pode estar causando os incêndios. “Nós vamos ter que procurar saber quem é que faz esse tipo de ato e notificar perante o setor de fiscalização. No local nós não temos câmeras para identificar quem pratique a queima do entulho, mas, na medida do possível, ficaremos atentos e tentaremos identificar quem realiza as queimadas no local”, promete.
Fonte: João Guilherme da Silveira/Gazeta Catarinense
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