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Edição de sexta-feira, 15 de Maio de 2015

Jaime Capra - 15/05/2015 08:53 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)
FILHOS ILUSTRES
Dentre outros filhos ilustres, São Miguel do Oeste conta com o Doutor Charley Christian Staats, filho do empresário Ingo Staats, que atualmente é líder de grupo do Centro de Biotecnologia e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pelo seu trabalho em pesquisa, receberá o prêmio Thomas J. Walsh Young Investigator durante a 115ª ASM (American Society for Microbiology) General Meeting, a ser realizada na cidade de New Orleans, EUA.
Staats investiga como o sistema imunológico impede que Cryptococcus neoformans, um fungo que pode provocar um tipo forte de meningite e cause infecção. O professor faz a caracterização dos eventos moleculares que ocorrem nesse processo. 
A pesquisa é realizada desde 2010, quando o professor Staats ingressou como docente no Centro de Biotecnologia da UFRGS, com publicação dos resultados de seus estudos em revistas de impacto mundial.

MIGRAÇÃO
Circulam pelas esquinas da cidade, enquanto o estacionamento rotativo não é implantado, boatos dando conta que está em curso a migração de alguns políticos nômades para um partido, em tese, mais forte.  Com o inesperado falecimento do grande articulador catarinense Luiz Henrique da Silveira, os arranjos políticos mais surpreendentes ficam comprometidos, propiciando novos, à margem do que pensava o falecido senador. Assim, em permitindo a nova legislação eleitoral, tudo é possível acontecer, inclusive o cruzamento de ouriço com cobra d’água. Para o bem da verdade, o que pretendem os candidatos a migrantes, é neutralizar o vexame de serem taxados de traidores e também situar-se mais próximos do poder, pois não conseguem sobreviver sem ele. Muito mais que ideologia e fidelidade partidária estão em jogo a assinatura de contratos de prestação de serviços com órgãos públicos através de testas de ferro especialmente selecionados.

O QUE SOBRA
O que sobra à turba, ao povaréu, que na última eleição escolheu e elegeu seus representantes no legislativo de sua cidade para que cuidassem de seus interesses frente a um Estado (administração pública municipal) cada vez mais voraz, mais opressor, mais mentiroso e mais desleixado com seus cidadãos, são conchavos e arranjos cada vez mais freqüentes para atingir o achaque que se prolifera nos corredores e gabinetes da administração pública.
Não é, portanto, de admirar que uma eleição municipal em São Miguel do Oeste, como foi a última, possa envolver tantas manobras, pressões, calúnias, processos, difamações e até estratégias bélicas, quando a intenção é locupletar-se à custa de otários que imaginam viver num mundo de honestos e bem intencionados.
O que aconteceu na última eleição em São Miguel do Oeste com a distribuição de próximo de 30 mil exemplares entre jornais e panfletos difamatórios, quase um exemplar por habitante, com certeza não é prática de quem deseja o progresso do município e o bem-estar de seu povo. 
E o resultado está aí, acobertado por leis capciosas e acompanhado pela proliferação de lixo entulhado nas ruas, calçadas tomadas e obstruídas, formação de lixões a céu aberto, esgoto escorrendo pelas sarjetas, buracos no pavimento, construções irregulares, falhas no atendimento à saúde e muitos benefícios aos amigos do poder e rotulagens aos que tentam respeitar e proteger os pobres e indefesos. 
E os exemplos dos descalabros mostram-se visíveis dias após dia, chegando ao cúmulo de negar um registro no protocolo de entrada do paço municipal ou uma resposta decente a um requerimento cidadão. Paralelamente, os insaciáveis candidatos a compartilhar do poder sobem com desenvoltura as escadarias do palácio, valendo-se desta incursão para mostrar à turba seu falso empenho e preocupação com o bem-estar, embora disso nada de positivo resulte. Mas, valendo-se dos bem intencionados e dos que ignoram os meandros da safadeza, a prática vai sendo difundida e o caminho para a próxima eleição cuidadosamente pavimentado, inclusive com anúncios conclamando o povo já indefeso para que seja MAIS honesto. Desconhecem os arautos da moralidade que o povaréu, que sequer tem acesso às condições básicas para a sobrevivência, também não as tem para desencadear falcatruas, privilégio dos poderosos. 
A situação dos eleitores frente aos oportunistas, aproveitadores da honestidade do povo, está retratada na obra literária do escritor Machado de Assis que colocou na boca de sua personagem Quincas Borba a frase que ficou famosa: “Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas”. 
Não é despiciendo afirmar, entretanto, que a turba vem, vagarosamente, sendo escolada. A sucessão de escândalos em nível nacional e a amostragem de inépcia do poder público local desencantam mesmo aos mais crédulos. E o resultado, pode o leitor se conscientizar, virá logo nas próximas eleições, a despeito das manobras articuladas para manter o “status quo” de utilização do público em benefício do privado. É esperar para ver.

NOVO REI
Eduardo Cunha, o novo Rei da Câmara dos Deputados, empenha-se em implantar o caos no vácuo de lideranças e idéias. Na perseguição de seus objetivos caóticos, empareda Dilma Rousseff, intimida Rodrigo Janot, atropela os trabalhadores e enfrenta seu colega Renan Calheiros. Nada mau para um Cristão Evangélico que nas brechas da Bíblia encontrou espaço para propor e aprovar a regulamentação da profissão de sommelier, embora sua religião condene a ingestão de bebidas alcoólicas. 
Seu mais auspicioso projeto é a construção de um Shopping Center anexo ao Congresso Nacional. O argumento é que desde o fim da ditadura até nossos dias, a Câmara Federal saltou de 8 para 18 mil funcionários entre concursados e cargos de confiança.   

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