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Caderno Especial Saúde em Pauta: Dores nos joelhos? Fique atento, pode ser artrose

Mais de 80% das pessoas acima de 75 anos são acometidos pela doença, que costuma aumentar com a idade. Mulheres têm aproximadamente o dobro de propensão em comparação com os homens

Saúde em pauta - 15/05/2015 10:50 (atualizado em 15/05/2015 11:08)

A articulação do joelho se movimenta por meio do deslizamento entre as superfícies cartilaginosas. O desgaste progressivo dessas cartilagens leva à artrose. Mais de 80% das pessoas acima de 75 anos são acometidos pela doença, que costuma aumentar com a idade. Mulheres têm aproximadamente o dobro de propensão em comparação com os homens e as que são negras têm o dobro de propensão à artrose no joelho em comparação com mulheres brancas. Quando não tem uma causa identificável classifica-se a artrose como primária e, quando há identificação, denomina-se artrose secundária. Entre as causas estão o excesso de peso e lesões crônicas de menisco e de ligamento.
A dor ao nível do joelho geralmente é o primeiro sintoma. Essa dor é de caráter progressivo e acentua-se com a atividade física e alguns movimentos como: passar por degraus, subida e descida de escadas, esportes de contato e movimentos repetitivos.  No início, o repouso alivia.
O joelho inchado (derrame articular) é o segundo sintoma. O responsável por esse edema é o processo inflamatório da membrana sinovial (membrana que recobre a articulação do joelho) que reage a presença dos restos cartilaginosos produzindo um líquido viscoso e amarelado. Logo que o edema sinovial torna-se importante, a pressão criada acentua as dores na parte posterior do joelho. Outro sintoma é a perda progressiva do movimento. Nas artroses avançadas, a deformidade do membro inferior é o terceiro sinal. As deformidades podem ser em varo (joelho cambota) ou valgo (joelho em “x”), impedindo que a pessoa ande normalmente. A utilização das bengalas pode tornar-se indispensável e a rigidez articular pode ser o sintoma mais tardio.

FATORES QUE AUMENTAM O RISCO

Entre os fatores que aumentam o risco da doença estão os seguintes: hereditariedade; peso que aumenta as pressões nas articulações; idade em função da cartilagem sofrer alterações na sua resistência como qualquer tecido do corpo humano com o passar do tempo; sexo - mulheres com mais de 50 anos de idade são mais propensas do que homens; trauma - lesão prévia no joelho, incluindo lesões esportivas; e esportes de alto impacto - jogadores de futebol, corredores de longa distância e jogadores de tênis têm um aumento do risco de desenvolver artrose do joelho. Episódios repetidos de gota ou artrite séptica, doenças metabólicas e algumas condições congênitas podem também aumentar o risco de desenvolver artrose do joelho.

PREVENÇÃO
A artrose pode ser prevenida com hábitos saudáveis, como por exemplo, controlar o peso, manter uma alimentação variada e equilibrada e mudar de postura com frequência, visando evitar posições que sobrecarregam as articulações. A prática de exercícios como caminhar, nadar, pedalar e fazer ginástica a um ritmo moderado também contribuem para prevenir a doença.

DIAGNÓSTICO
As radiografias simples são indispensáveis e são os melhores exames para diagnosticar e classificar as artroses. Outros exames de imagem como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o ultrassom auxiliam no diagnóstico diferencial de lesões por outras doenças, mas pouco informa sobre a artrose.

TRATAMENTO
O tratamento inclui fisioterapia e cinésioterapia para o reforço muscular e uso de antiinflamatórios. Também é importante proteger as articulações da utilização excessiva e isso pode ser feito através do uso de bengalas. A indicação de tratamentos cirúrgicos está relacionada à evolução da doença. As duas mais frequentes possibilidades de tratamentos cirúrgicos são osteotomia e a artroplastia total ou parcial do joelho (prótese do joelho). A osteotomia do joelho corrige o eixo do membro inferior de forma a equilibrar o peso do paciente sobre o compartimento oposto, onde a cartilagem é sadia.  A prótese total do joelho substitui, em contrapartida, a cartilagem destruída. Em casos leves uma limpeza artroscópica e/ou injeções de ácido hialurônico são eficazes.

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