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Curso de Engenharia de Alimentos produz bebida láctea de chocolate com menta

A bebida láctea constitui-se em uma forma racional e lógica de aproveitamento do soro de queijo para retorno à cadeia humana, sem prejuízo ao meio ambiente

UNOESC - 21/05/2015 15:37 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)

SÃO MIGUEL DO OESTE

Acadêmicas Marlise e Bruna foram orientadas pela professora Eliane de Carli Foto: Karine Bender/Ascom Unoesc 

As acadêmicas do curso de Engenharia de Alimentos da Unoesc São Miguel do Oeste, Bruna Bállico e Marlise Zoz, produziram bebida láctea de chocolate com menta. De acordo com a professora orientadora do estudo, doutora Eliane Maria de Carli, o produto é uma alternativa saudável e nutritiva.

Durante a pesquisa, foram formuladas e elaboradas quatro bebidas lácteas com concentrações diferentes de açúcar e cacau. As bebidas passaram por testes que mediram o grau de aceitação dos participantes da pesquisa. Eliane explica que a análise sensorial tem o objetivo de medir, analisar e interpretar as reações que as características dos alimentos produzem às pessoas, além de identificar como essas características são percebidas pelo olfato, visão, gosto, tato e até pela audição.

A análise sensorial realizada apontou que adultos e crianças preferiram o tratamento com concentração de 3% de cacau em pó e 10% de açúcar. Entretanto, todos os tratamentos realizados seriam bem aceitos no mercado, pois apresentaram índice de aceitabilidade superior a 70%. Este índice é um critério utilizado para que o produto possa ser oferecido ao público.

As bebidas lácteas elaboradas também se apresentaram menos calóricas e com valor nutritivo superior ao produto comercial.  Além disso, consiste em uma alternativa mais econômica às indústrias.

— A bebida láctea pode conter até 51% de soro, reduzindo a quantia de leite — informa Eliane. Agora, o curso apresentará a proposta do novo produto para a indústria parceira do estudo.

Meio Ambiente

 

A produção de bebidas lácteas está aumentando e ganhando, cada vez mais, popularidade devido à procura por produtos inovadores, saudáveis, seguros e práticos para o consumo. Além disso,  a bebida láctea se constitui em uma forma racional e lógica de aproveitamento do soro de queijo, para retorno à cadeia humana, sem prejuízo ao meio ambiente.

De acordo com a professora Eliane de Carli, a maioria das empresas brasileiras fabricantes de queijo lança o soro de leite em esgotos e mananciais ou utiliza como alimento para animais. Eliane afirma que a falta de conscientização ambiental faz com que essas empresas ainda não invistam em sistemas de tratamento de efluentes. Isso gera graves danos ambientais, já que, segundo a professora, a substância tem um potencial poluidor até 100 vezes maior que o esgoto séptico.

Além do descarte em mananciais, o descarte no solo também é preocupante.

— O descarte diretamente no solo pode comprometer a estrutura físico-química do solo e diminuir o rendimento das colheitas — afirma a professora.

Eliane salienta que o curso já realizou diversas pesquisas com aproveitamento do soro e deverá dar continuidade a outros estudos. Entre eles estão a elaboração de bebida láctea com diferentes concentrações de soro e a utilização do subproduto do leite para elaboração de produtos de panificação com elevado valor proteico. A pesquisa beneficiará indústrias de laticínios, panificadoras e indústrias de bebidas.

Experiência

Segundo as estudantes, Bruna Bállico e Marlise Zoz, fazer parte de um projeto de iniciação científica é gratificante.

— Esta é uma oportunidade de aprender, fazer novas descobertas e novos produtos por meio da pesquisa desenvolvida — destacam as alunas, ressaltando que o projeto é uma oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. 

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