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Especial da Indústria: “A crise é de confiança”, destaca Kist ao avaliar setor econômico

Vice presidente regional da Fiesc, Astor Kist, destaca que este é o momento de as empresas consolidadas e sérias, colocarem ‘casa em ordem’, e apostarem no incentivo a educação é a capacitação para fomentar o desenvolvimento da indústria

Especial da Indústria - 22/05/2015 10:22 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)
Diante do período de recessão, tão comentado, a respeito da economia brasileira, o vice presidente regional da Fiesc, Astor Kist, destaca que este é o momento de as empresas consolidadas e sérias, colocarem ‘casa em ordem’, e apostarem no incentivo a educação para fomentar o desenvolvimento da indústria.  “Estamos tentando reverter esse pessimismo que se instalou no pais, pois na verdade a crise maior, é uma crise de confiança e credibilidade que se instalou a partir dessa ‘onda de corrupção’”, e a partir de todas as inverdades que foram pregadas na campanha presidencial, considera Kist.
Vice presidente regional da Fiesc, Astor Kist
Ele também credita a atual situação econômica instável, ao excesso de liberação de financiamentos de carros, caminhões, móveis e tantos outros bens por meio de programas do governo federal. “Agora a população tem que pagar a conta e não tem condições de novas aquisições e nem o governo tem mais crédito disponível”, considera.
Embora os números em nível de pais estejam negativos, Kist destaca a situação menos favorável para as indústrias e a população catarinense. Segundo ele, em especial a região Extremo-oeste ainda não tem sentido muito a recessão devido ao fato de ser impulsionada mais pelo setor agroalimentar. “Na indústria são também negativos mas, muito menos do que a nível de país, e no Oeste catarinense os índices são ainda melhores do que no reste do estado, pois nossa indústria está voltada para o setor agroalimentar”, reforça.
O representante do setor industrial aponta que, embora em menor proporção, a crise começou a ser sentina na região e já é possível mensurá-la pelo número de desempregos e procura por empregos nos últimos meses. Contudo, ressalta que no momento, os industriais nada tem a fazer a não ser ‘segurar a onda’.  “As empresas estabelecidas e sólidas nesse período de recessão fazem uma depuração do seu quadro de funcionários. Elas eliminam o que eu sempre chamo de ‘laranjas podres’. É um período para depuração das equipes, e por outro lado é também um período de depuração de empresas. A empresa que não está com os pés no chão, a empresa que não é solida, nesse período cai”, exemplifica Kist, que também é empresário da indústria da construção civil.
“Em termos de Fiesc estamos pensando a longo prazo, pois a curto prazo não tem o que fazer, se não fazer a lição de casa, cuidar do caixa e tentar manter a empresa de pé”, complementa.

Fiesc aposta na educação para o futuro da indústria

Conforme Kist a Federação da Indústria tem realizado diversos investimentos na qualificação de jovens e adultos, por meio do Sesi, IEL e Senai. “A Fiesc investe fortemente em educação e capacitação, por meio do movimento indústria pela educação, que existe desde 2012. O retorno tem que vir na produtividade, e isso se ganha investindo em educação e ensino profissionalizante”, defende. Além da educação básica ele enfatiza que a Fiesc está investindo em capacitação dos proprietários de indústrias, por meio do IEL, que está atuando fortemente em educação executiva. “Já o Sesi cuida da medicina e saúde do trabalho, a nível microrregional está fazendo um trabalho fortíssimo, capacitando os profissionais com cursos para atender as normas de segurança do trabalho, atua em educação continuada, em alimentação e laser. Já o Senai tem o foco maior voltado para a profissionalização e a capacitação técnica dos colaboradores da indústria”, reforça.
Para finalizar, Kist defende que essa situação seja passageira e o momento é de cautela para o empresário da indústria. “Já tivemos crises muito piores onde houve períodos de instabilidades econômicas muito mais fortes. Teremos que passar por um período de ajustes, acredito que levará ainda uns dois anos”, conclui.
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