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Será que todos nós temos uma alma gêmea no mundo?

Curiosidade - 05/06/2015 20:10 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)
Ah, o amor! Não seria legal se todo mundo tivesse uma alma gêmea escondida na imensidão da Terra? Saber que existe alguém perfeito esperando sua chegada, e no momento mágico da troca de olhares entender que vocês foram feitos um para o outro. Segundo uma pesquisa publicada no blog What if?, isso seria horrível.
Diferente do que aprendemos nos filmes de comédia romântica e nas canções melosas, a probabilidade de encontrar “a tampa da sua panela” é muito rara. Digamos que você tem sim uma pessoa perfeita – o cara ou a garota dos seus sonhos –, será que você não poderia ser feliz com mais ninguém? Será que vocês conseguiriam se encontrar algum dia?


Destruindo corações
Assumindo que a sua alma gêmea tenha nascido. Você não sabe quem ela é ou onde ela está, mas – assim como nos ensinou Jennifer Aniston, Ben Affleck, Drew Barrymore e Hugh Grant – no momento em que vocês se veem pela primeira vez, o reconhecimento e a paixão são instantâneos, certo? Talvez.
Logo de cara, essa suposição gera uma pergunta: seu par perfeito ainda está vivo? Cerca de 100 bilhões de indivíduos já passaram pelo planeta. Todavia, atualmente apenas 7 bilhões deles estão vivos – logo, a taxa geral de mortalidade humana é de 93%. Se todos fossemos formar pares aleatórios, 90% de nossas almas gêmeas já estariam mortas há algum tempo.


Parece ruim, mas piora. Nós não podemos nos limitar as pessoas do passado, também é preciso incluir o número indefinido de humanos que ainda habitarão o planeta. Afinal, se é possível que sua soul mate tenha nascido em um passado distante, isso também significa que ela possa ser concebida em um outro período do futuro.

Feitos um para outro
Para não acabar com as suas esperanças, digamos que a sua “metade da laranja” tenha nascido na mesma época que você. Além disso, ela também tem quase a mesma idade. Levando em consideração essas restrições, a maioria de nós possui cerca de meio bilhão de possíveis pares.
Entretanto, o que dizer sobre gênero, orientação sexual, cultura e linguagem? É possível utilizar diversas subcategorias para tentar delimitar esse cálculo, mas não podemos nos afastar da ideia de uma cara metade aleatória. Portanto, você não sabe nada sobre a outra pessoa até olhá-la nos olhos. Logo, todo mundo só possui uma orientação – voltada para o seu amor verdadeiro independente de quem seja.
As chances de encontrar seu par ideal são incrivelmente pequenas. O número de desconhecidos que estabelecemos contato visual todos os dias é bem difícil de estimar. Ele pode variar de quase nenhum (válido para indivíduos reclusos e habitantes de cidades pequenas) ou dezenas de milhares (é só pensar em toda gente que você vê nos transportes públicos).


Suponhamos que você troca olhares com algumas dezenas de estranhos todos os dias – sem parecer um stalker ou um pervertido, por favor. Se 10 deles estão próximos de sua faixa etária, isso gera um valor de aproximadamente 50 mil indivíduos durante toda a vida.
Se você possui 500 milhões de possíveis almas gêmeas, isso significa que você só tem uma chance na vida de encontrar o verdadeiro amor em 10 mil oportunidades de permanecer forever alone.


Eu não quero morrer solteiro!
Com a ameaça iminente de morrer sozinho, a sociedade poderia se reestruturar para tentar estabelecer o máximo de contato visual possível. Quem sabe construir esteiras frontais em que suas possíveis “tampas da panela” passem deslizando? Talvez proibir o uso do celular nos metrôs lotados ou estipular o cumprimento obrigatório de estranhos na rua?
Entretanto, se o contato visual funcionasse por meio de webcams, seria possível utilizar uma versão modificada do ChatRoulette ou do Omegle para achar seu “chuchuzinho”. Se todo mundo usasse o sistema oito horas por dia, sete dias por semana, e se demorasse apenas alguns segundos para decidir se alguém é sua soul mate ou não, em teoria, levaria algumas décadas para que todos formassem um casal.
Todavia, na vida real é bem difícil encontrar espaço para o romance. Portanto, só os ricos ou desocupados poderiam passar todo esse tempo na frente do computador em busca do amor verdadeiro. Porém, mesmo para esse 1% privilegiado, é bem provável que sua cara metade esteja entre os outros 99%.


Logo, se apenas 1% das pessoas utilizassem o serviço, só 1% desse valor encontraria o par certo – algo entre 1 em 10 mil. O restante dos desiludidos seria incentivado a procurar outras maneiras de buscar o amor. Além disso, carreiras como caixa de supermercado, cobrador de ônibus e vendedor de loja seriam disputadas a tapas pelos românticos, uma vez que proporcionam maiores chances de contato visual.
Ainda assim, mesmo que alguns de nós pudéssemos passar alguns anos surfando no ChatRolette ou trabalhasse em lugares com muitos olhos nos olhos, o restante ainda teria que contar com a sorte e, talvez, uma minoria até conseguisse encontrar o verdadeiro amor. Todavia, é bem provável que a maioria dos humanos permaneceria sem sorte.

O desespero do amor
Considerando toda a pressão social e o stress gerado pela necessidade de ter alguém com quem se relacionar, muitas pessoas passariam a fingir sentimentos. Elas querem entrar para o clube, então se juntam com outros solitários e encenam encontros falsos como aprenderam nos filmes. Elas se casam, escondem os problemas do relacionamento com um belo sorriso e dizem que está tudo bem, pois agora não estão mais sozinhas... Algo que nunca acontece de verdade, não é mesmo?

Fonte: Megacurioso
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