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Edição de sexta-feira, 12 de Junho de 2015

Jaime Capra - 12/06/2015 08:24 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)
DESMORONAMENTO
O governador Beto Richa, do PSDB do Paraná é hoje a autoridade com maior índice de rejeição do País. Ao completar os primeiros 5 meses de seu segundo mandato, é uma autoridade isolada, acuada por protestos e cercada de denúncias de corrupção.
Seu governo está desmoronando, mergulhado em crise política, financeira e ética. 
O Auditor Fiscal do Estado do Paraná, Luiz Antonio de Souza, em acordo de delação premiada confirmou o repasse de dois milhões de reais à campanha de reeleição de Beto Richa. O dinheiro seria resultado de propina paga por empresas que se livraram da fiscalização da Receita estadual. 

DÍVIDA PÚBLICA
“A dívida pública é um mega esquema de corrupção institucionalizado, para desviar recursos públicos para o mercado financeiro”. Estas são palavras de Maria Lucia Fattorelli, ex-auditora da Receita Federal, convidada pelo partido Grego de Esquerda para compor o comitê de Auditoria da Dívida Grega. , juntamente com outros 30 especialistas internacionais. 
Enquanto o Brasil caminha rumo à austeridade, a estudiosa participa de uma comissão que vai investigar os acordos, esquemas e fraudes na dívida pública que levaram a Grécia à uma crise econômica e social. 
O sistema da dívida pública é a utilização dela como veículo para desviar dinheiro em direção ao sistema financeiro, segundo a Auditora, que afirma ser a dívida pública uma forma de complementar o financiamento do Estado  para atender ao interesse público. 
O problema começa quando o Banco Central leiloa os títulos da dívida pública Brasileira, e do leilão só podem participar 12 instituições bancárias, a maioria estrangeira. Daí para frente, quem passa a lucrar são os bancos que vendem os títulos aos investidores, pagando-lhes ótimos juros que são pagos, na verdade, pelo Estado Brasileiro, isto é: dinheiro do contribuinte de impostos.
Este, fundamentalmente, é o grande esquema do neoliberalismo defendido pela elite de direita. A dívida pública é utilizada para manter a estabilidade econômica. A política econômica é a monetária, onde o equilíbrio se dá  pela administração da quantidade de moeda em circulação. Assim, vender ou resgatar títulos da dívida pública tornou-se um dos principais instrumentos, onde os ricos ficam cada vez mais ricos enquanto os menos ricos debatem-se com a retração econômica e o desemprego que servem para salvar a pátria. 

IMITAÇÃO
Há um desejo ardente em imitar os outros, nas pessoas de pouca criatividade. Por isso, é inegável que a ascensão do deputado Eduardo Cunha à presidência da Câmara Federal tende a fazer escola.
Em primeiro lugar, o deputado carrega em sua corrente sanguínea o DNA do PMDB, afeito a adotar métodos pouco convencionais para saciar sua sede de poder. Em segundo lugar, é sabido e até aceito que o poder traz vantagens, e estas poderão facilmente ser canalizadas para os próprios interesses.
Dito isso, a ascensão de Cunha ao posto máximo do legislativo nacional foi sustentada por seus iguais, isto é, deputados adeptos a métodos não convencionais. 
Que o governo precisava tomar um choque, não há dúvida. No entanto, o choque que necessitava, e continua necessitando, é um choque de seriedade e responsabilidade. Cunha não detém este perfil, pois não é sério nem responsável. Se a queixa era a existência de uma ditadura de governo, agora vivemos uma da Bíblia, das vantagens pessoais e do descalabro institucional. 
TUDO COMO DANTES NO QUARTEL d’ABRANTES
Aportou ao parlamento Migueloestino mais um maço dos infindáveis projetos de alteração ao Orçamento, LDO e PPA. Como é praxe, a peça orçamentária só serve para cumprir tabela e atender às exigências do Egrégio (sic) tribunal de contas. Tudo é feito às escondidas bem ao estilo da administração municipal. 
Não se pode conceber que em 61 anos de existência, não tenha nascido em São Miguel do Oeste alguém capaz de colocar ordem na casa, traçar os rumos que o município tende seguir e elaborar um orçamento decente. 
Tudo é feito nas coxas. Peço desculpas aos cubanos, pois os melhores charutos do mundo são feitos nas coxas. Mas aqui o que é feito nas coxas não presta. 
As suplementações sacrificam dotações capitais para o município, como a verba destinada à recuperação de área degradada por um lixão, que foi objeto de ação civil pública, redundando na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta.  Sem constrangimento, a administração suprime aquela dotação. Tem-se a certeza que o critério adotado é o mesmo da tradicional brincadeira de criança: “minha mãe mandou tirar este da-qui!” 
Enquanto a Câmara Municipal de Vereadores não começar a rejeitar projetos desta natureza, a coisa não vai endireitar nunca. Os vereadores devem entender que precisam defender os interesses do povo e zelar pelo bom andamento do serviço público. 
Está na moda falar em mal necessário. Corrigir os rumos da administração também é um mal necessário. A Câmara Municipal tem o dever de dar exemplos de eficiência, eficácia e efetividade, já que a Administração não os dá.
Nos últimos 25 anos, em São Miguel do Oeste, formaram-se muitos acadêmicos que estudaram a teoria clássica de administração. Os livros-texto mais consultados são os velhos Idalberto Chiavenato e James A. F. Stoner, obras já sebosas e cheias de orelhas. Não é possível acreditar que na administração municipal de São Miguel do Oeste ninguém tenha tomado conhecimento dos princípios da Administração Clássica, de modo a aplicá-los na Instituição que tem o DEVER de ditar os rumos da Região e dar bons exemplos.
Contamos o tempo para trás. Estamos no Séc. XIX, quando a Corte abandonou Portugal para fugir de Napoleão, que se instalou na cidade de Abrantes, de onde veio a famosa frase: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes” caracterizando um lugar onde todos mandam e ninguém obedece. 
Como esperar prosperidade num município onde sua administração anda para trás e aguarda pelas emendas parlamentares? O que esperar de um prefeito que veta seu próprio projeto? Por que não vetar só as emendas? 
Depois quando um colunista de banheiro feito este, coloca neste espaço que só se pensa em fumaça de trator e esterco de galinha ainda há quem se incomode. Ah, por favor!

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