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Uma nova experiência a cada dia

JORNADA Caminhoneiro há 19 anos, o Palmitense Geres Schena, comenta sobre a profissão exercida, os avanços, retrocessos e conquistas do segmento na última década

Especial - 24/07/2015 12:01 (atualizado em 30/07/2015 14:56)

Cortando as estradas do Brasil, uma descoberta diária, novos lugares, novas culturas e com olhar no horizonte, esta é a rotina do caminhoneiro. Responsável pelo transporte do que é produzido em todo o país, ele se tornou uma das figuras mais importantes para a economia brasileira. Mas, a vida da estrada também é cheia de aventuras e desafios, alegrias e tristezas. Ser um caminhoneiro significa passar por dificuldades, viver longe da família, viajar pelo país, e acima de tudo, ter muitas histórias para contar.

         E em 1997, iniciava uma nova jornada para o palmitense Geres Schena. Ano em que iniciou a vida na estrada. Trabalhava no setor de transportes, como motorista de caminhões pequenos, logo médios e grandes. “Na época tinha alguns amigos que já trabalham como motoristas eu também tinha esse sonho de menino, o qual virou logo realidade, também financeiramente na época era muito bom”, lembra.

         No início, segundo Schena, era somente alegria, ele saiu do Sul ao Norte do Brasil na primeira viagem, “nossa, era um sonho”, expressa. Depois de um tempo na estrada, o palmitense conta que as dificuldades começaram a aparecer, entre elas: a saudades da família, dos amigos, e, até do futebol.

         Outra dificuldade apontada pelo caminhoneiro é a falta de postos de suporte nas estradas onde possam estacionar o veículo, descansar, comer, passar a noite ou ter atendimento médico. Muitos motoristas reclamam que até para usar o banheiro é difícil. “Na época eram diversas dificuldades, tantas quanto hoje, mas de forma diferente, uma delas em destaque era local apropriado para o banho, os pátios de postos a maioria de terra, meios de comunicação também eram muito precários, fazendo com que se demora mais ainda a viajem”, lembra.

         Além das dificuldades, o caminhoneiro conta que todo o dia a vida na estrada é uma nova experiência de vida. “Todos os dias aumentavam as responsabilidades, mais caminhões nas estradas, e pouca experiência adquirida no volante logo tive que conduzir um caminhão novo e fazer com que o mesmo produzisse mais ainda para ajudar a se pagar”, comenta.

 

As mudanças ao longo dos anos

 

         Leis, rodovias, tecnologia. Tudo foi sendo modificado com o passar dos anos. E, ao longo da jornada, Schena recorda que um dos maiores avanços foi à evolução da tecnologia dos caminhões, o que proporcionou maiores facilidades de trabalho. Quanto as Leis, o caminhoneiro destaca que sempre existiram, porém ele indaga que quando são boas e bem aplicadas funcionam, tanto hoje como no passado.

         Com o aumento na produção e no setor de transportes, as rodovias também foram sendo modificadas. Schena evidencia que hoje possuem mais opções em quantidades de rodovias, “mas continuam mal administradas como sempre e permanecem em péssimas condições, a diferença maior, e que hoje a maioria foi privatizada, tornando-a pedagiadas”, declara.

         Em relação aos fretes, Schena reconhece que o setor sofre uma carência, e que devido à falta de política no setor, o frete vem ano a ano perdendo percentual do seu valor, chegando em diversos segmentos à total inviabilidade de sua prática. “Quanto menor a empresa maior a dificuldade se manter no mercado, que é tão competitivo, o cada dia existe maior cobrança de impostos e menos retorno de incentivo ao transportador para este conseguir manter e ou renovar a frota”, defende.

 

O RETORNO

 

         Hoje, após 19 anos de estrada, Schena acredita que o setor de transportes ficou muito tempo esquecido pelo governo. “Agora, diversas leis foram criadas sem ter um estudo correto e uma adaptação para realidade de nosso país, prejudicando muito a produtividade do setor”, aponta.

         Em compensação, o caminhoneiro que ainda curte a profissão, encontrou outra maneira de poder continuar seu sonho de trabalhar no setor de transporte e poder ficar perto da família: “Tinha a intenção de estar mais próximo da família e também devido ao grande número de veículos que trafegam hoje nas estradas o risco de acidentes está cada vez maior. E aproveitando minha experiência adquirida ao longo dos anos na estrada, surgiu à oportunidade de poder utilizá-la de outra forma, em uma empresa de transportes, na função de responsável da manutenção e operação de frota”, finaliza.

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