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Os primeiros passos de consolidada Cooperativa de Crédito

O primeiro presidente da cooperativa, Manfredo Salfner, indaga que hoje o Sicoob Credial significa a concretização de um sonho, daquilo que se desejava no cooperativismo há três décadas. Essa trajetória de sucesso você acompanha nas páginas a seguir, neste especial elaborado pelo Jornal Expresso d’

Especial - 07/08/2015 15:06 (atualizado em 07/08/2015 15:45)
CUNHA PORÃ - Com a dificuldade de crédito que em meados de 1984 um grupo de agricultores de Cunha Porã, ligado a cooperativa de produção Auriverde, sentiu a falta de uma instituição financeira que suprisse a carência de crédito rural da época. Em consequência disso, o grupo formado por 28 agricultores, uniu forças, e criou uma cooperativa formada por produtores rurais. 
Um sistema mais hábil e que proporcionasse retorno depois das operações, foi o que levou o grupo a criar uma cooperativa de crédito. Segundo o primeiro presidente dessa cooperativa, Manfredo Salfner, o cooperativismo de crédito tem a essência das sobras, que são revertidas em benefícios aos produtores rurais, que em 08 de agosto de 1985 começou a operar oficialmente. “Foi uma história muito bonita, iniciamos a cooperativa com 28 associados, começamos a operar com 28 contas correntes, e no mesmo ano passamos para 700 associados filiados a essa cooperativa, e começou a ganhar corpo em toda a área de atuação da Auriverde, buscamos líderes em cada município, para que a ideia da cooperativa de crédito de difundisse rapidamente”, lembra. 
Para Salfner, o cooperativismo de crédito está exercendo o seu papel na íntegra, cresceu, e quem hoje é filiado em uma cooperativa de crédito, deve se sentir feliz, pois segundo ele, as cooperativas de crédito estão desempenhando um papel exemplar dentro da economia e no atendimento do seu quadro social. “Eu, por exemplo, sou produtor rural, e hoje eu nem preciso ir em outra instituição financeira para minhas necessidades, eu me sinto em casa no Sicoob Credial, e busco tudo o que eu preciso aqui”, enfatiza.
Salfner revela se sentir honrado em ser escolhido na época entre os 28 associados para presidir essa pequena cooperativa. “E eu me sinto muito orgulhoso por ter plantado um marco na história financeira deste município, que revolucionou a vida dos nossos agricultores em matéria de conquistas, de financiamentos, da evolução da nossa agricultura. Para mim é uma alegria muito grande, em poder falar sobre esse assunto, e viver hoje a vitória dessa cooperativa”, comemora. Ele reconhece que hoje a cooperativa está maior do que se sonhava na época. “Não pensávamos que em um curto espaço de tempo, mesmo completando 30 anos, que pudesse ser o potencial que representa para a economia de toda a área de atuação”, declara. 

As dificuldades foram enfrentadas a cada passo

Salfner relembra que na época as dificuldades foram enormes, principalmente as pressões dos bancos que atuavam em Cunha Porã. Além da falta de recursos, por não ter capital, o cooperativista recorda que foi estipulado um capital provisório e simbólico, para que fosse conquistada a filiação de um número maior. “O que nos interessava era a movimentação das contas, pois esse pessoal fazendo depósitos, fazendo aplicações, a cooperativa começava a crescer, mas as pressões em cima dos nossos associados, era grande”, comenta. 
Outra dificuldade apontada pelo primeiro presidente foi na eleição do então presidente do Brasil, Fernando Collor. Salfner lembra que havia uma normativa do Banco Central de que as cooperativas de créditos só poderiam operar com o Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC) ou Banco do Brasil. “Éramos um banco cooperativo que operava com a compensação dos serviços, como a compensação de cheques com o BNCC. E quando Collor assumiu a presidência da república, simplesmente extinguiu o BNCC e ficamos sem um banco, sem uma possibilidade de compensação, e os cheques não circulavam mais como antes, e passamos um bom tempo procurando uma saída para o problema”, evidencia. 
Com a extinção do BNCC, o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) fez um convênio com as cooperativas de créditos da época, dando a possibilidade de uma nova compensação de cheques. “A partir daí os nossos cheques começaram a fluir e a circular. Essas foram às maiores dificuldades de quando éramos pequeninhos, mas enfrentamos. E felizmente tudo isso passou, superamos essas fases e a cooperativa de crédito começou a crescer e andar”, comemora. 

UM SONHO REALIZADO

O primeiro presidente indaga que em sua vida o Sicoob Credial significou um sonho realizado daquilo que se desejava no cooperativismo. Hoje, Sicoob Credial, trabalha com sobras, oportunizando um bom retorno ao associado, devolvendo ao seu quadro social, com mais de 25 anos, 10% do capital social integralizado todo o ano.  
Salfner enfatiza que o cooperativismo tem a sua essência, e é o melhor mecanismo social que se possa imaginar, existente no mundo hoje, não somente no Brasil. “O pessoal deve aderir, participar, acompanhar o desenvolvimento das cooperativas de créditos, e o comportamento de seus dirigentes, para que as coisas ocorram sempre da melhor forma possível, para que a cooperativa siga a sua trajetória sem resquícios de moralidade e imoralidade, e que mereça sempre a confiança que desde a sua fundação até hoje teve”, finaliza. 

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