Diretora da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Frida Plavnik informou nesta sexta-feira que a atualização estatística da AHA indica que a mortalidade por doença hipertensiva aumentou na avaliação global, apesar de ter havido no período pesquisado uma redução de 30,8% na mortalidade cardiovascular.
De acordo com a médica, o estudo destaca a necessidade de se aumentar a prevenção à doença hipertensiva.
— Controlar a pressão, fazer o diagnóstico precoce e orientar o paciente são cada vez mais importantes — afirma a especialista.
O ranking de mortalidade por hipertensão é liderado pela Rússia, com 1.639 mortes entre 100 mil pessoas. Na sequência, a Ucrânia, com 1.521 mortes, e Romênia, com 969. O Brasil ocupa a sexta posição, com 552 mortes por cada 100 mil pessaos.
A revisão dos estudos no Brasil mostra que a hipertensão arterial atinge 30% da população adulta do país. Isso indica que um em cada três brasileiros tem pressão alta.
Frida disse que a taxa de controle da pressão alta no Brasil é muito baixa: varia entre 10% e 20%, o que significa que as pessoas, apesar de serem tratadas, estão sob maior risco de complicações.
— A gente tem de ter um grande trabalho de instrução e de educação do paciente sobre a importância de tratar e continuar tratando a doença — acrescentou a médica.
Sobre o controle da doença, a prioridade da SBH é conscientizar um número próximo de 100% dos hipertensos. Nos Estados Unidos e Canadá, o controle já alcançou níveis em torno de 50% a 60%.
Segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão arterial responde por 9,4 milhões de mortes no mundo. A expectativa é que, em 2015, o mundo terá 1,6 bilhão de pacientes hipertensos. Para Frida Plavnik, isso ocorrerá porque a doença é predominante nas pessoas acima dos 60 anos.
O estudo da AHA informou ainda que a doença arterial coronariana é a principal causa de morte em todo o mundo, com 17,3 milhões por ano, com perspectiva de atingir mais de 23,6 milhões em 2030.
Fonte: Diario Catarinense
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