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LEÃO: a busca por si mesmo e pelo Pai Espiritual

O Fogo e a a Triplicidade do Espírito: LEÃO

HOROSCOPO - 18/08/2015 10:48 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)
Como todo signo de FOGO, Leão é CONFIANTE, Carismático, DRAMÁTICO, Vivaz, Entusiasmado, INTUITIVO e cheio de fé na vida. Ele é Fogo FIXO. Masculino, Positivo, Ativo. O símbolo remete à cauda do Leão, ou mesmo à sua grande juba, característica do Rei das Selvas e dos animais.

LEALDADE, MAGNÂNIMIDADE, GENEROSIDADE e calor são algumas das principais qualidades de Leão. Romântico e idealista chega mesmo a ser inocente. Às vezes. Outra de suas principais habilidades é perceber e valorizar o potencial que há no outro, além de INSPIRAR CONFIANÇA, sendo ele mesmo muito CONFIANTE. Quando fora de equilíbrio essa confiança pode tornar-se ARROGÂNCIA e ao invés de confiante ele torna-se INSEGURO e busca compulsivamente ser o centro das atenções – mas só quando em desequilíbrio! Às vezes ele pode mesmo ser vítima do “complexo do impostor”, tamanha a insegurança e segue temendo “ser descoberto” a qualquer momento.
Regente do CORAÇÃO, de modo geral tudo a que o Leonino se aplica é de CORAÇÃO, não faz nada pela metade. HONRA, INTEGRIDADE e HONESTIDADE são também importantes aqui, porém é preciso vigiar para combater o vício do ORGULHO e da Vaidade. DRAMA é outra característica forte e é comum encontrar os leoninos balançando suas jubas no mundo da atuação, seja no teatro, no cinema ou na TV. Ele precisa do palco, dos holofotes, da atenção e dos aplausos do público. Ele é ESPECIAL e único. Precisa de brilho e glamour. Teatral, adora também o Romance.
Leão é o regente da Casa Cinco da Mandala Astrológica, a casa das crianças, dos filhos, da criatividade, dos talentos artísticos, da diversão, do prazer, dos hobbies, do flerte, do namoro e do sexo sem compromisso, do relaxamento e também dos jogos e especulações. Assim, Leão está muito associado à idéia da diversão e da alegria, àquilo que a gente faz por prazer e não por obrigação. Especialmente, Leão nos fala da criança que há em nós, aquela parte de nós que nunca cresce, que é espontânea, inocente, feliz e confiante na vida.

A principal criação de Leão é tornar-se ele mesmo. Leão vive uma jornada mítica, cujo objetivo é “crescer em direção à realização e expressão da autenticidade pessoal, integridade e autoridade, que não seja dependente da opinião dos outros” (Clare Martin) (1).
Liz Greene diz algo parecido: “Leão parece descrever o desenvolvimento da essência única individual e sua busca pela fonte”. (os parágrafos seguintes, em itálico, configuram um resumo da mitologia do signo de Leão, como aparece em seu livro A Astrologia do Destino). Ela discorda da idéia generalizada de Leão seja um signo fortemente criativo, e nos lembra que há muito mais geminianos, cancerianos e piscianos nas artes em geral. “Eu sinto que a grande criação do Leão é ser ele mesmo”, diz Greene.

Assim como Capricórnio, como Áries e Sagitário, o tema principal do Leão gira em torno da figura do Pai. Em cada um desses signos encontramos uma faceta diferente do pai e em Leão ele é o pai doente, impotente, comandando um reino devastado e à espera que o filho venha redimi-lo
A figura do Leão como rei dos animais e das selvas é um tema universal. Nas mitologias babilônica e egípcia ele já era bastante conhecido, sendo cultuado como Sekhmet, uma deusa solar. Na mitologia grega ele aparece numa das tarefas de Hércules, a que ele tem matar o Leão de Nemeia. Ele teria que matar o animal sem nenhuma arma, somente com as próprias mãos, um animal que era praticamente invulnerável. Mesmo assim, Hércules conseguiu matá-lo pegando-o pela garganta e estrangulando-o. Depois disso ele transformou sua pele e cabeça num traje que usaria para sempre, simbolizando que tinha assumido os poderes e qualidades associados ao leão. Liz Greene lembra que a batalha entre homem e animal é um motivo arquetípico universal dos mais antigos e simboliza a luta do ego em desenvolvimento com os instintos, que devem ser domados para que ele se torne de fato, um indivíduo, e não um número na massa inconsciente.
O leão aparece em várias estórias e mitos, acompanhando deuses e deusas diversos. Ele aparece também na mitologia, em diversas fases da Opus alquímica, como a Calcinatio, por exemplo, em que é necessário cortar-se as patas do leão para se domar os desejos.
Existe também a figura do leão verde devorando o Sol, simbolizando a experiência da consciência que é esmagada e engolida pelos desejos violentos e frustrados. Porque o leão deseja, deseja muito! Sobre o Leão alquímico Jung diz: “na alquimia, o leão, a besta real, é um sinônimo pra Mercúrio, ou, para ser mais acurado, para um estágio de transformação. Ele é a forma de sangue quente do monstro predador e devorador que aparece primeiro como o dragão… Isso é precisamente o que leão destina-se a expressar – a emotividade apaixonada que precede o reconhecimento dos conteúdos inconscientes”.
Liz Greene lembra que as criaturas de água são criaturas de sangue frio: o caranguejo, o escorpião, o peixe. Já o leão tem sangue quente e está associado a um erotismo inequívoco, a concupiscência e orgulho, assim como a impulsos agressivos, sejam eles saudáveis ou destrutivos. Porém, se não é possível domar um caranguejo ou escorpião, certamente o leão é domável e desde a antiguidade eram mantidos em palácios como companhias e bestas reais. O simbolismo disso é que o rei deveria ser capaz de lutar com suas paixões, pois “o homem que não consegue conter seus impulsos fogosos, não pode governar a outros, nem servir como exemplo para eles”. Assim, o leão representa um estágio do processo de individuação, pois há um trabalho alquímico a ser feito. O leão tem que se transformar da forma bestial original em algo mais, tem que aprender a domar seus instintos. Este processo pode ser bastante doloroso para o leão “cujo coração de criança é profundamente ferido pela reação dos companheiros a seus excessos. Ele teve ‘a melhor das intenções’, mas parece que os outros não apreciam. Mais freqüentemente eles ficam mesmo zangados”. Assim, ele está destinado a seguir numa busca pelo auto-entendimento. E esse é o tema principal da estória mais fortemente associada a leão, que é a Lenda de Parsival e o Graal.
Parsival era um jovem meio tolo, mas muito entusiasmado. Ele não conheceu seu pai. Foi criado somente pela mãe numa floresta longe de qualquer cidade ou comunidade – esse inicio de vida sem a figura do pai é algo comum no padrão de Leão. Um dia aparecem cinco cavaleiros na floresta onde ele mora e parsival fica tão fascinado e encantado que decide se tornar cavaleiro também. Sua mãe não gostou nada da idéia, mas ele não quis saber, foi grosseiro com ela e foi embora sem nem dizer adeus. Ela morreu em seguida de tanta dor e pesar – o Leão é mesmo meio grosseiro e tolo no início da vida. No caminho apareceu um cavaleiro vermelho, com quem ele lutou sem motivo e a quem matou, usando depois sua rmadura – o vermelho, diz Liz, é uma associação imediata à passionalidade do Leão. Ele andou, andou e por fim chegou ao fim da estrada, que acabava num rio. Ele viu um pescador que o ensinou o caminho para o castelo do Graal. De repente, o castelo apareceu, do nada, materializando-se diante de seus olhos e deixando-o estupefato. O portão estava aberto, porque, misteriosamente, ele era esperado pelo Rei-Pescador doente. O rei estava doente, na coxa ou na virilha, simbolizando a impotência e incapacidade de procriar porque é sua masculinidade que está ferida. Uma visão então apareceu para Parsival, uma espada, uma lança que pingava sangue, uma donzela que trazia o Graal de ouro e incrustrado de pedras preciosas, e uma outra donzela carregando um prato de prata. Esses quatro objetos sagrados estão relacionados aos naipes do Tarô: Espadas, Paus, Copas e Ouros. Lembram ainda também a quaternidade, que simboliza a inteireza do Self.
Parsival viu esses objetos passarem diante dele, numa cerimônia solene, mas não disse nada, Ele se recolheu para dormir e viu que o castelo estava deserto. Ao sair, uma outra mulher lhe disse que ele tinha acabado de falhar terrivelmente. Ele deveria ter perguntado: “A quem serve o Graal?” para que o rei fosse curado e o reino restaurado. Ele foi apresentado ao seu destino pela primeira vez, e falhou. Assim, vagou e vagou muitos anos e só encontrou o castelo novamente depois de ter conseguido a necessária maturidade e compaixão. Ele não era capaz de sentir ou de sofrer e isso fica claro pela forma como abandonou sua mãe sem pensar duas vezes e por ter matado o cavaleiro vermelho sem motivo. Jung diz que “sua real ofensa está na primitiva falta de ambigüidade do seu comportamento, que surge da inconsciência do problema interior dos opostos. Não foi o que ele fez, mas o fato de ele ser incapaz de avaliar o que fez”. Essa inocência desajeitada é parte do Leão jovem, como o fato de não ter pai. E parece que o Destino, diz Liz, apresenta a visão do Graal antes que ele esteja pronto para entendê-lo. O que quer que o Graal seja, sucesso pessoal, o destino espiritual, parece aparecer para Leão sem esforço, através da intuição, que é um dos atributos do Fogo.
Depois de muito andar, ele novamente encontra o castelo e toda a experiência se repete. Então ele é capaz de fazer o seu papel e fazer a pergunta, que quer dizer, na verdade uma pergunta básica que se faz diante das coisas importantes; “o que significa tudo isso?” Tão logo ele pergunta, o rei é curado e ele descobre que ele é na verdade seu avô, ou, em outras versões, seu próprio pai. O reino é restaurado e Parsival se torna então o rei.
O mito do Graal fala da busca pelo pai. A principio, na vida do Leão, parece a busca pelo pai biológico, mas depois fica evidente que é algo mais, que a busca é pelo Pai Espiritual, em ultima análise, uma busca pelo Si Mesmo, o mais profundo valor da vida. Obviamente Leão não é o único signo que busca individuação, já que parte do desenvolvimento do ser humano, mas esse mito parece mostrar um padrão misterioso da vida de Leão. Leão, como Capricórnio e Áries geralmente vivencia uma decepção com o pai, que é impotente de alguma forma. Mas ele precisa descobrir e buscar o castelo do Graal, para redimir não só ao pai pessoal, mas a si mesmo.
eão é regido pelo Sol, e não podemos deixar de falar do deus Apolo, o deus  solar por excelência. Apolo era um deus das profecias e o Oráculo de Delfos, dedicado a ele e centrado em seu templo, era procurado por todos que queriam colocar questões aos deuses. No pórtico do templo se lia “Homem, conhece-te a ti mesmo”. Apolo na verdade conseguiu seus poderes proféticos e curadores ao vencer a serpente Pyton e submetê-la à consciência solar e ao Ego. Os poderes ctônicos e primitivos da Grande Mãe utilizados pela consciência solar.
A vida é polaridade, e o oposto complementar de LEÃO é AQUÁRIO. Enquanto Leão é o Rei, Aquário é o Reino. Leão nos mostra onde somos especiais e únicos, Aquário nos diz que somos comuns e iguais a todo mundo. É necessário integrar essa polaridade e perceber que “todos somos especiais E iguais” (Frank Clifford).
Também fazem parte da SOMBRA de Leão a síndrome de “Eu, o Rei”, quando ele torna-se insensível e egoísta e acha que os outros são extensões dele mesmo; a síndrome do “Eu sei o que é melhor para você”, quando ele, com a melhor das intenções, se torna intrometido dizendo-lhe o que fazer com sua vida, mesmo que você não tenha perguntado, nem pedido seus conselhos; e ainda a síndrome do “Sabe-Tudo”: ele é um rei, como um rei pode não saber alguma coisa? É difícil para Leão admitir que não sabe ou não consegue fazer alguma coisa. Isso o torna pedante, um chato, às vezes.
O que fazer com esta sombra? Primeiro, “estar consciente de si mesmo e de suas possíveis falhas; segundo, estar consciente da existência e das necessidades dos outros, dando-se conta do impacto do seu comportamento nas outras pessoas, permitindo que elas sejam independentes e dando-lhes seu devido crédito” (Liz Greene) E não menos importante, Leão precisa investir tempo e esforço em sua própria expressão criativa, para que não fique com inveja e tente roubar o brilho dos outros.

Arquétipos e Mitos

O Rei; O Pai impotente; A Jornada do Herói em Busca de Si Mesmo; Parsival e o Graal;  O Rei Artur e a Távola Redonda; O Rei Doente e a Terra Devastada; A Criança Divina;
Meditação de Leão

Deite-se ou sente-se de forma confortável. Respire profundamente várias vezes até relaxar completamente. Visualizae agora que está num jardim bonito e bem cuidado. É um dia de verão e o Sol é cálido na sua pele. No centro do jardim há uma árvore, enorme e frondosa. De um de seus galhos pendem dois balanços. Num dos balanços há uma criança, se balançando feliz. Aproxime-se. Chegue mais perto. Observe a criança. Perceba que ela é você, é você quando criança. Converse com ela. Como ela está? Qual sua aparência? Está triste? Feliz? Zangada? Carente? Qual seu sentimento? Escute-a, ouça o que ela tem a lhe dizer, com calma e atentamente. Se ela precisar de colo, dê-lhe colo. Embale-a nos seus braços. Pergunte o que ela gostaria de lhe dizer a esta altura da vida. Pergunte que sonhos ela tem. Pergunte se ela precisa de alguma coisa ou o que você pode fazer por ela. Então, quando perceber que está tudo bem e que tudo foi dito, sente-se no outro balanço e comece a se balançar, você em um e a sua criança no outro. Sinta o vento, a euforia, a alegria. Divirta-se junto com a sua criança. Ria, ria muito! Esqueça todas as suas preocupações e apenas seja, apenas divirta-se no balanço vigoroso, dando impulsos cada vez mais altos. Sinta-se inebriar com essa sensação e quando estiver pronto, volte para seu quarto e para o momento presente. Abra os olhos e pinte, dance, escreva… Faça o que tiver vontade. E nunca esqueça da sua criança!
Fonte: http://mariaeunicesousa.com/
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