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Policial é morto com três tiros em Chapecó

Câmera de monitoramento flagrou o crime e dois adolescentes foram apreendidos

Seg. Pública - 24/06/2012 21:10 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)

O policial militar José Jadir Seabra, 41 anos, morreu após levar três tiros na madrugada deste domingo em Chapecó. Ele estava de folga da corporação e estaria trabalhando como segurança em um clube no centro da cidade. A câmera de monitoramento próxima ao local flagrou o momento em que um adolescente de 15 anos fez os disparos. O soldado, que atuava há 16 anos na Polícia Militar, pai de quatro filhos, será enterrado na manhã desta segunda-feira no cemitério da Linha Tomazelli, interior de Chapecó

O crime aconteceu por volta das duas horas da manhã na Rua São João. A câmera da Polícia Militar, que fica a uns 30 metros do local, flagrou a ação. Um adolescente de 16 anos entregou a arma para outro de 15. Ele se afastou das pessoas que estavam na entrada do bar, escondeu a arma debaixo do casaco, voltou e efetuou os disparos. A ação não levou mais que 10 segundos.

O soldado chegou a ser socorrido pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Regional do Oeste de Chapecó.

A arma do crime e os adolescentes foram apreendidos três horas depois no bairro São Pedro. Eles foram encaminhados para a Delegacia de Polícia onde prestaram depoimento e confessaram o crime para o delegado Alex Passos. Para o delegado o que assusta é banalidade como essas pessoas cometem esse tipo de crime.

— Eles disseram que o policial estava tirando onda deles e eles não poderiam deixar a situação assim –  contou o delegado.  Alex disse ainda que uma briga dentro do bar pode ter ocasionado o homicídio.

— Estamos investigando também o envolvimento de outras pessoas – disse o delegado.

Eles podem responder por  homicídio duplamente qualificado com motivo fútil e emboscada.

Após serem ouvidos pelo promotor do Ministério Público, Fabiano Baldissarelli, os adolescentes foram encaminhados para o Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Chapecó.

Nesta segunda-feira eles devem ser apresentados ao juiz e ao promotor da Vara da Infância e Juventude. Em cinco dias o promotor deve fazer a representação para dar início a ação de ato infracional.

— A medida a ser tomada pode ser desde uma advertência até três anos de internação em estabelecimento educacional — disse o promotor.

Segundo o irmão da vítima, Gelson Seabra, o Policial trabalha como segurança há pelos menos quatro anos no local.

— Não era todos os finais de semana. Só quando ele tinha folga do serviço — disse Gelson.

O proprietário do clube não foi localizado para falar sobre o assunto.

Fonte: Diário Catarinense
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