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Semana de luta, estudo, organização!

Semana de luta, estudo, organização!

16/10/2015 15:07
Nesta semana, aconteceu em São Paulo, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, o Primeiro Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), onde nós da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR), participamos. Delegações internacionais e pessoas vindas de diferentes estados do pais onde o movimento possui base organizada também marcaram presença. 
A importância em participar de um espaço político e de discussão como este que iniciou ainda no dia 12 e está encerrando hoje, dia 16, está relacionada a todo um processo de luta coletiva que se dá não apenas dentro do Movimento dos Pequenos Agricultores, mas com um elo estabelecido junto as demais organizações do país e fora dele também. O tema, “Plano Camponês, Aliança Camponesa e Operária por Soberania Alimentar”, sugere e consolida uma forte aliança para se avançar na discussão e luta concreta por soberania, pela produção que foge de todo limite imposto pelas transnacionais e empresas que implantam em sua marca a venda descontrolada de veneno. 
Em uma matéria encaminhada por meio da equipe de comunicação do movimento, há um maior esclarecimento sobre a relevância de concentrar diversas organizações em um só lugar, para enfim discutir os rumos e as condições que serão necessárias para avançar no processo de enfrentamento ao Capitalismo e tudo que nele fere a classe trabalhadora do campo e da cidade. “O MPA compreende que o congresso nacional é a instância máxima de uma organização. Ao longo da construção da trajetória política o movimento realizou três Encontros Nacionais que funcionam na prática como instância de construção da unidade e de momento decisório sobre os rumos do movimento. Por isso escolhemos o berço da luta operária brasileira e a data do dia 16 de outubro, dia internacional por Soberania Alimentar. Pois compreendemos que a história reserva uma das maiores batalhas ao camponeses e operários, a de construir com nossas próprias mãos a libertação da Classe Camponesa e Operária da opressão do agronegócio, dos transgênicos, dos agrotóxicos, da violência contra as mulheres, da criminalização e de tantas outras violências que enfrentamos no nosso dia a dia”.
Divulgado pelo portal Desacato, ainda na última semana, onde constam informações sobre a ocupação da transnacional DuPont Pioneer, o conteúdo traz presente ainda que o “Brasil é considerado o campeão de uso de agrotóxicos há sete anos. Alguns agrotóxicos já foram proibidos em vários países, mas ainda são comercializados no país, como o glifosato, cujo uso nas lavouras é de quase 70%. Em 2015, o glifosato foi classificado pelo IARC (Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer) como possível causador de câncer”.
Quando as pessoas nos perguntam ainda o porquê fazer luta contra as transnacionais, porque denunciar o sistema que oferece conforto, a gente incansavelmente repete: Porque a gente quer que todo mundo tenha conforto, que a alimentação que chega à mesa dos trabalhadores e trabalhadoras não seja uma concentração de veneno que a curto e a longo prazo tem matado pessoas de todo o mundo. Queremos gerações pensantes, alimentadas com a semente da terra boa. Queremos especialmente viver, com saúde em um espaço onde a diversidade seja respeitada. É querer muito? Para o Capitalismo sim. Neste sistema não há espaço para todo mundo viver bem, apenas para a minoria que enriquece com a nossa força de trabalho e nos mata com seus alimentos que cheiram o verde dos pacotes historicamente impostos a nós. Que a luta continue, que as denúncias, ocupações sejam feitas. O território pertence a quem trabalha e não a quem manda. Até a próxima. 

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