A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Cunha Porã promoveu, na quinta-feira, dia 02, uma reunião com os inseminadores do município. Em pauta esteveàs orientações com relação aos trabalhos prestados por estes profissionais na comunidade, além de palestra com o médico veterinário da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Marcos Noebauer.
Na abertura, o secretário de Agricultura Gilmar Ceccon agradeceu a expressiva presença do público e ressaltou a importância da atividade de bovinocultura leiteira para a economia do município e também das famílias. Também ressaltou a importância dos cuidados com o rebanho bovino, especialmente no que se refere aos exames que constatem brucelose e tuberculose.
Para tratar mais do assunto, fez uso da palavra o médico veterinário da Cidasc, que evidenciou a necessidade dos inseminadores serem representantes da comunidade para levar informações. Por isso, o profissional propôs a participação dos mesmos no Conselho Microrregional de Saúde Agropecuária (Comisa).
Noebauer explicou que tanto a brucelose quanto a tuberculose são bactérias presentes principalmente nos bovinosadultos de todas as raças, no entanto não são visíveis aparentemente, somente através de exames específicos.Na brucelose, o contágio se dá muitas vezes em razão de abortos de animais, em que há contato com a placenta. “Por isso a necessidade de queimar ou enterrar o feto, a placenta e demais resíduos”, disse o profissional.
Segundo o veterinário, são doenças difíceis de eliminar e que causam grandes prejuízos.Além dos prejuízos financeiros do abate de animais, a doença também pode contagiar os humanoslevando inclusive à morte. “Entre os sintomas está o suor excessivo noturno, dor nas articulações e cabeça, além do cansaço. Por isso, quando têm suspeitas de contágio, é importante fazer os exames, sendo que o tratamento em Santa Catarina é gratuito”, orienta o médico veterinário.
O profissional da Cidasc declarou que atualmente dez propriedades em Cunha Porã estão com casos de brucelose em estudos. Além disso, na região o número de casos também tem aumentado. “Isso demonstra a preocupação para que todas as propriedades fiquem alertas e providenciem os exames que detectem a brucelose e tuberculose. Com relação aos inseminadores, é preciso redobrar os cuidados no manuseio da inseminação, como a troca de palhetas e luvas, além disso, para vacinação animal o recomendável é fazer a troca de agulhas, evitando assim qualquer risco de contaminação”, orientou.
Ceccon enfatizou a importância das fichas de controle de inseminação e os cuidados na realização do serviço nas propriedades que situam-se dentro do município. “Sabemos que os exames têm custo elevado, mas é preciso pensar que os prejuízos em abater o rebanho animal são ainda maiores, e quando se trata de um familiar não tem como mensuraras dimensões da perda. Por isso, é necessário que todos estejam conscientes de que a sanidade animal depende das boas ações desempenhadas em toda nossa região, e cabe a cada um fazer sua parte”, finalizou o secretário de Agricultura.
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