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Os desafios de ser pai e educar na era da tecnologia e fácil acesso ao mundo externo

O panorama do mundo atual, em que os filhos têm fácil acesso às informações de toda ordem, e a velocidade com que se proliferam as ideias, chegando até crianças, adolescentes e jovens via internet, por exemplo, desafia os pais de hoje a que tenham mais e mais condições para educar seus filhos

Geral - 11/08/2017 15:30
 O passar do tempo – e o movimento feminista iniciado na década de 1970 – trouxeram algumas mudanças no papel do pai. Os brasileiros que seguem o modelo dos “pais suecos”, por exemplo, provam que a criação dos filhos só pela mãe já não é mais absoluta. Mas, assim como a maternidade, a paternidade também tem suas características de adequação.
A educadora Cris Poli, também conhecida como a “Supernanny” brasileira e autora do livro “Pais Responsáveis Educam Juntos” (Mundo Cristão), concorda com a importância da participação dos pais na vida das crianças. Ela ressalta que, assim como não existe uma mãe ideal, tampouco existe um modelo de pai. 
Segundo Maria Helena Abreu, ex-diretora do Colégio Logosófico – Unidade Brasília, o panorama do mundo atual, em que os filhos têm fácil acesso às informações de toda ordem, e a velocidade com que se proliferam as ideias, chegando até crianças, adolescentes e jovens via internet, por exemplo, desafia os pais de hoje a que tenham mais e mais condições para educar seus filhos. E desafiam as crianças, adolescentes e jovens a serem cada vez mais capazes de fazer suas escolhas. “A época que estamos percorrendo exige a maior agilidade mental de todos – pais e filhos -, impõe que sejamos mais hábeis e mais capazes de selecionar o que é melhor para a vida. Isso, naturalmente, implica que precisamos nos capacitar como pais. Precisamos encarar de frente esse desafio e nos munir de recursos para contrapor toda influência negativa que chega até nós e aos nossos filhos”, frisa Maria.

O QUE OS PAIS VÊEM COMO DESAFIOS
(colocar as 4 fotos enfileiradas com os nomes embaixo)
A reportagem do Expresso d’ Oeste perguntou para alguns pais, qual o maior desafio na educação dos filhos nos dias atuais, e eles convergem as mesmas ideias, quando se fala de valores e princípios.
Para Paulo Cesar Rohde, a maior dificuldade é lidar com os avanços da modernidade. “Os amigos, drogas, os perigos do dia a dia, ser ´pai é uma benção, mas é desafiador saber quem seus filhos estão andando, onde eles vão, com quem eles saem. E está é uma preocupação constante que temos com a segurança de nossos filhos”, destaca.
Da mesma forma, o pai Cleber Cecon, destaca que ser pai nos dias de hoje é um grande desafio. “Em um mundo aonde tudo está muito acessível aos olhos de nossas crianças, nos mantermos e ensinar para passar adiante os valores e princípios éticos a ser seguidos, e principalmente fazer com que acredite que existe um mundo bom lá fora esperando eles”, avalia.
Assim como o Cecon, o pai, Mauro Pereira, frisa que nesse mundo atual, o maior desafio, é educar, e ensinar a criação de valores. “Em um mundo tão diferente do qual fomos criados. Seja pelo mau uso das tecnologias que temos ao alcance, ou até mesmo pelos conceitos pessoais e familiares que o mundo moderno e globalizado nos impôs. O desafio, é ensinar aprendendo”, enaltece.
Por fim, o pai ObertiHennig, complementa que, manter a união da família em tempos difíceis, também se torna desafiador para repassar os valores éticos e cristãos aos filhos. “O maior desafio no meu ver é conseguir vencer todos os obstáculos dentro de casa, manter o financeiro, harmonia familiar, dialogo, estar presente na educação dos filhos para que não sigam no lado errado da vida, que se for uma família unida os obstáculos são mais fáceis de serem superados”, valoriza.

BOX – PODE SER EM FONTE MENOR
ALGUMAS DICAS PARA OS PAIS...

1. Participe ativamente – e com frequência 
Participar só quando chega o boletim da escola não vale: é preciso se aproximar do cotidiano da criança. A proximidade se constrói aos poucos e é importante para a criança sentir que pode confiar no pai e que está sendo valorizada. 

2. Não confunda atenção afetiva com atenção material 
Ao testemunhar um mau comportamento dos filhos, muitos pais se queixam dizendo “Mas não está faltando nada para ele”. Não está faltando nada mesmo? Carinho não pode ser trocado por presentes. Se envolver com os filhos não se resume a levar um chocolate no final do dia, ao voltar do trabalho.

3. Seja carinhoso 
Muitos pais confundem masculinidade com falta de afeto e evitam beijar e abraçar a criança. Essa falta não pode ser excessiva: o pai pode e deve mostrar o amor que sente pelo filho. A criança precisa de afeto. 

4. Não seja autoritário, mas tenha autoridade 
Muitos homens confundem autoritarismo com masculinidade e se tornam pais que se impõe por meio do berro e da ameaça. Para o psicanalista Rubens de Aguiar Maciel, especialista em desenvolvimento humano e paternidade, os pais devem evitar a imposição de regra pela regra. A autoridade fica superficial, pois aquela ordem não faz nenhum sentido para a criança. Limites devem ser construídos – e não impostos. 

5. Não seja excessivamente permissivo 
Na contramão dos pais autoritários estão os pais permissivos. Embora afetuosos, eles não se dispõem a estabelecer limites para os filhos. E terminam sendo ausentes. 

6. Se posicione como pai 
O erro mais recorrente dos pais é não tomar uma postura em relação à educação dos filhos. Essa regra vale não só para a hora de tomar decisões, mas também para os afazeres miúdos e os cuidados do dia a dia, como o banho, a comida e as brincadeiras. Até porque as modalidades de diversão e aprendizagem da mãe costumam ser diferentes da do pai. 

7. Seja um bom cidadão 
Um bom pai é também um bom marido e um bom cidadão. De acordo com o psicanalista Rubens de Aguiar Maciel, todo o ambiente ao redor da criança influencia na formação dela e a figura do pai também conta. Para os filhos crescerem da melhor maneira possível, portanto, os pais devem ser maduros emocionalmente. 




Fonte: Delas - iG
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