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Dia alusivo à gagueira traz a importância do tratamento

O distúrbio limita de forma severa a vida social, profissional e familiar do portador

Geral - 06/11/2017 10:57
No último domingo, 22, foi o Dia Internacional de Atenção à Gagueira, considerada pelos especialistas, uma desordem da fala caracterizada por alteração da fluência, ou seja, do ritmo da fala, que pode apresentar características diferentes para cada pessoa.
De acordo com a fonoaudióloga da Clínica Comunicação, Lia Boger, todos os gagos têm formas próprias de gaguejar, até porque, há sempre tentativas próprias de controlar a gagueira que determinam formas peculiares de falar. “Podemos ver repetições de sílabas ou palavras, bloqueios, prolongamentos e uso de sons e palavras extras. Atente-se que é um distúrbio que pode limitar de forma até bem severa a vida social, profissional e familiar do portador”.
As causas da gagueira são principalmente linguísticas, no caso de desordem na organização da linguagem pelas questões de base linguística e motora, psicológicas, que originam-se nos conflitos e situações emocionais e hereditárias, embora, neste caso, seja uma situação ligada a ação de outros fatores.
Lia ressalta que existem estudos sobre o efeito do feedback auditivo atrasado (delay auditory feedback- DAF) e da retroalimentação com a frequência alterada, que mostram que indivíduos gagos melhoram a fluência quando submetidos à procedimentos como Processamento Auditivo Central entre outras técnicas.
A fonoaudióloga esclarece que não há idade definida para se ter gagueira, mas é importante que se saiba que, por volta de 3 anos, a criança pode apresentar sintomas de gagueira, e esta é a chamada gagueira fisiológica, que deve ser passageira, desde que seja vista como tal. Um fonoaudiólogo pode orientar os familiares quanto às ações neste momento. Se a criança apresentar sintomas antes dessa idade, ou depois, e estes persistirem, é provável que a gagueira se instale de forma definitiva, requerendo assim, atenção terapêutica. Também pode acontecer na puberdade, adolescência ou idade adulta.
O tratamento existe e é efetivo, e, como cada gago tem sua forma de gaguejar, o tratamento também é personificado, sendo um distúrbio que tem implicações emocionais, sociais e familiares, é preciso estabelecer as necessidades de cada caso, e trabalhar conforme essas. “Um fonoaudiólogo pode fazer esta análise e orientar o paciente para obter o máximo de controle sobre sua disfluência e todos os aspectos físicos e emocionais que afetam a sua comunicação”, finaliza Lia.
 
 
 
 
Fonte: Darlei Luan Lottermann Assessor de Imprensa AHAZÔ Mkt & Eventos
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