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“O governo de SC deve, e muito, para o Sistema Acafe”

“O governo de SC deve, e muito, para o Sistema Acafe”

Geral - 24/11/2017 14:24
Estado 

Os atrasos recorrentes do Estado aos programas de bolsas de estudo dos artigos 170 e 171 e cortes do governo federal ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm castigado as universidades comunitárias de Santa Catarina. Essa foi a denúncia apresentada na audiência pública "A crise do sistema de educação superior comunitário catarinense - Sistema Acafe", realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (07) pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto.
  A reunião, coordenada pela presidente do Colegiado, deputada estadual Luciane Carminatti (PT), atendeu a requerimento do Sindicato dos Professores do Estado de Santa Catarina (Sinproesc), para debater a crise financeira que afeta instituições comunitárias, especialmente da região sul e Vale do Itajaí.
  De acordo com a deputada Luciane, os atrasos rotineiros interferem no pagamento de salário dos professores, na oferta de programas de pesquisa e extensão e também na retração do número de matrículas - estima-se que em 2018 haverá redução em torno de 15% no número de estudantes dessas instituições.
  A parlamentar fez um levantamento de quanto o governo deixou de repassar ao Artigo 170, de 2011 a 2016, conforme dados do relatório do Tribunal de Contas Estadual. "Os estudantes catarinenses perderam R$ 740 milhões em bolsas de estudo nos últimos anos. Se a lei fosse aplicada, três vezes mais alunos seriam beneficiados e, por consequência, as universidades teriam mais recursos para retornar à comunidade", enfatizou. A legislação prevê que o Estado repasse anualmente às bolsas do 170 os 5% do que deve ser investido na educação.
  Segundo a presidente da Comissão de Educação, se faz necessário resgatar o papel social das universidades comunitárias que por muitos anos foram responsáveis pela interiorização do ensino superior em Santa Catarina e pela contribuição com o desenvolvimento regional, quando apenas uma federal em uma estadual se concentravam na capital. "No entanto, hoje corre-se o risco de entregar essas instituições a grandes grupos econômicos que visam apenas o lucro e veem a educação como mercadoria", avaliou.
 

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