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Fatores que deixam pacientes infelizes com suas plásticas

Cirurgia não é garantia de satisfação com o corpo, explica diretor do Centro de Medicina Integrada

Ciência - 16/07/2012 16:25 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)

Fazer uma cirurgia plástica implica em muito mais do que uma decisão. É preciso decidir não apenas fazer a plástica, mas qual a melhor cirurgia, qual a melhor técnica, que resultado se tem em mente, qual o valor que se está disposto a gastar e por aí vai. 

Para o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada de São Paulo e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, essa é uma das perguntas que os pacientes mais fazem: será que eu vou ficar feliz com minha plástica? Com isso em mente, Ruben elaborou um top 5 dos motivos que mais fazem com que as pessoas, mesmo depois de uma plástica, se sintam infelizes com o resultado: 

- Expectativas exageradas

Segundo Ruben, um bom cirurgião plástico deve ter a habilidade de entrevistar o paciente apropriadamente durante a consulta (mesmo que o paciente pense que é ele quem está entrevistando o médico). 

— O tempo inicial para discutir a vontade do paciente e sua motivação para realizar a cirurgia é tempo bem gasto. Um cuidado importante que deve ser observado pelo cirurgião, antes da realização de qualquer intervenção cirúrgica, é o de esclarecer o paciente, elucidando todas as suas dúvidas. A orientação dada ao paciente é fundamental e tem como objetivo fazê-lo entender as limitações técnicas e físicas que cada paciente possui — destaca o cirurgião plástico.

- Fazer a cirurgia em um momento inadequado

— Não considero apropriado que o paciente faça uma cirurgia plástica durante um período de grandes mudanças em sua vida, como, por exemplo:

- serei promovido, em breve;

- vou me casar na semana que vem;

- preciso estar linda para a minha formatura.

— Se o paciente não tiver tempo de fazer um pós-operatório com tranquilidade, é melhor realizar um procedimento não invasivo que irá melhorar a sua aparência, sem que ele tenha que dispender muito tempo de repouso e resguardo no pós-operatório — orienta o médico.

- Excesso de informação colhida de fontes não credenciadas

Há diversos sites na Internet que descrevem com minúcias o que seria “um nariz perfeito”, após uma rinoplastia, ou um “rosto rejuvenescido”, após um lifting facial. 

— Este tipo de informação não ajuda o paciente. O que auxilia, antes da realização da plástica, é expor adequadamente seus anseios ao cirurgião plástico, para que ele possa ajudá-lo a minimizar o seu descontetamento, após a cirurgia — explica Ruben.

- Pouco diálogo com o médico

O que o paciente tem em mente é difícil de descrever, de tornar-se concreto? 

— Por exemplo, diante da afirmação ‘quero diminuir um pouco o meu nariz’. Quanto é um pouco? Em tempos em que há muita publicidade que cria expectativas irreais, é preciso explicar aos pacientes que não existe procedimento rápido, simples e indolor. Todas essas frases de efeito são muito boas para o comércio, mas não servem para cirurgia plástica — afirma o cirurgião.

- Mini procedimentos

Segundo Ruben, a realização de diversos “mini procedimentos” não têm a menor eficácia. 

— A ideia vendida é que o mini lifting e a mini lipo exigem pouco do paciente no pós-operatório. No entanto, eles não têm a menor longevidade. São, na verdade, ‘iscas’ para a realização de vários procedimentos — revela o médico.

Na hora de fazer uma cirurgia plástica:

- Procure sempre um especialista em cirurgia plástica que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica;

- Busque indicações de amigos que já fizeram cirurgia com um determinado profissional;

- Leve em conta o nível de informação do médico durante a consulta;

- Não utilize apenas critérios financeiros para fazer sua escolha.

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