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Escola faz revezamento de aulas para alunos há um ano

Salas foram fechadas por falta de estrutura física e problemas eletrônicos. Estudantes não têm aulas todos os dias e se revezam nas salas abertas.

Educação - 23/08/2012 14:46 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)

Há um ano o Jornal do Almoço mostrou o caso de uma escola de Florianópolis que havia adotado um revezamento para alunos. Como parte da escola estava com problemas, os estudantes não tinham aulas todos os dias e estavam se revezando nas salas que estavam abertas.

Nesta quinta-feira (23), um ano depois, a situação continua a mesma na escola localizada no bairro Monte Verde. "Uma série funciona em uma semana por dois dias e a outra três. Depois inverte, a série que fez dois, faz três. A mesma série todos os dias não tem como, porque não tem espaço físico", explica Edelberto Rodrigues, avô de duas alunas.

O cupim atacou a madeira que sustenta o forro, expondo as crianças à situações de risco, e dez salas foram interditadas. Também há outros problemas na estrutura e no sistema elétrico na escola, onde deveriam estudar 300 alunos. Algumas salas viraram depósito de material e estão sem condições de uso. Já a biblioteca virou sala de aula. "É complicado, paramos de emprestar livro, porque não tem como as crianças entrarem aqui", diz uma das funcionárias. 

Adaptar alguns ambientes e revezar turnos foi a saída para que os prejuízos não fossem ainda maiores. Para quem vive o dia a dia da escola, o revezamento não é nenhuma novidade. Há um ano outra ala da escola também foi interditada.Na época, o governo fez uma promessa e aquela ala foi reformada, mas outras começaram a apresentar problemas.

O efeito dominó, provocado pelos 30 anos de atividade do colégio poderia ter sido evitado, mas, como ninguém fez nada, as outras salas foram fechadas e o revezamento voltou a ser feito. "Isso aqui não é um depósito de criança, isso aqui é um colégio", afirma Edelberto.

Nesta quinta (23) a direção distribuiu bilhetes convocando os pais para uma reunião. A proposta é acabar com o revezamento e aumentar os turnos. Em vez de dois, seriam três períodos com aulas de 30 minutos e os alunos passariam a estudar todos os dias, mesmo que por menos tempo. De acordo com Secretaria Regional de Desenvolvimento, seriam necessários R$ 800 mil para a reforma da ala, mas não há recursos disponíveis.

Fonte: G1
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