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Agroindústria catarinense reduz sal das receitas

Geral - 20/09/2012 08:29 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)

Produtos para reduzir a quantidade de sal nos alimentos estão entre as novidades apresentadas na Mercoagro, feira realizada até esta sexta-feira, em Chapecó.

De acordo com o coordenador de feiras e eventos da Associação Comercial e Industrial de Chapecó, Vincenzo Mastrogiacomo, as empresas precisam se adaptar às exigências do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No final de agosto, foi firmado um acordo entre o governo e as indústrias para reduzir o sódio em temperos, caldos, margarinas e cereais.

O brasileiro consome, em média, 12 gramas de sal por dia, mais do que o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, que é de cinco gramas. Somados os três convênios já firmados, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras 20 mil toneladas de sódio.

A redução começa a valer a partir de 2014 e deve virar lei, abrangendo também outros produtos, como derivados de carne. Por isso, as indústrias alimentícias estão trabalhando para adequar seus produtos.

A Bremil, de Arroio do Meio (RS), está apresentando na Mercoagro o subsal, um produto desenvolvido para substituir o sal dos alimentos. De acordo com o gerente Juliano Dalanora, o novo produto pode reduzir em pelo menos 50% o volume de sal em embutidos e outros derivados de carne. O subsal é uma proteína hidrolisada de soja que promete não alterar o sabor dos produtos.

A Aurora Alimentos já vem desenvolvendo há dois anos alternativas para substituir o cloreto de sódio. De acordo com a gerente de pesquisa, Rodicler Bortoluzzi, entre as opções pesquisadas está o uso de especiarias, ervas aromáticas ou outros condimentos. Ela afirma que há uma preocupação com a saúde, mas também com a adaptação do paladar dos brasileiros aos novos produtos.

Investimentos mirando o Japão

A comissão organizadora da Mercoagro e os 350 expositores estão otimistas quanto às vendas de equipamentos durante a feira deste ano. Um dos motivos é necessidade de modernização das empresas para atenderem mercados mais exigentes, como o disputado Japão.

— As empresas têm que se modernizar até para reduzir custos — afirma De Luca Filho, da BTS Informa, que promove a feira com a Associação Comercial e Industrial de Chapecó.

O coordenador da feira, Vincenzo Mastrogiacomo, diz que a expectativa é movimentar US$ 160 milhões em negócios fechados ou encaminhados até amanhã, quando encerra o evento. Isso é US$ 10 milhões a mais do que na feira anterior. Ele lembra que, neste ano, a Mercoagro traz novidades como uma máquina que resfria a carne mais rapidamente, evitando a formação de cristais de gelo que alteram a qualidade do produto.

Jorge Correa, representante da Vemag do Brasil, trouxe para Chapecó quase uma dezena de máquinas para fabricação de hambúrgueres, fatiadoras de carne com e sem osso e linhas de produção de carne moída.

Um dos lançamentos é uma máquina para a produção de almondegas, kibes e produtos recheados. O preço é de R$ 670 mil. Corrêa afirma que as agroindústrias precisam investir em máquinas de agregação de valor para superar a crise que afeta o setor. E afirma que no primeiro dia de feira já fechou negócios.

O presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, defende que as empresas precisam pensar a médio e longo prazo. Por isso terão que investir na ampliação e otimização das plantas. Ele afirma que somente a Aurora vai investir R$ 40 milhões na reativação e duplicação da unidade de suínos de Joaçaba.

Metade disso será em equipamentos. Alguns deles devem ser adquiridos na Mercoagro. A unidade de Joaçaba será reativada em 2014, com abate de dois mil suínos por dia. O objetivo é atender o mercado japonês.

Fonte: Diário Catarinense
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