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Professores entram em greve segunda-feira

A decisão foi tomada esta semana pela categoria. O governo do Estado diz que não há negociação enquanto os professores estiverem fora de sala de aula

Educação - 20/04/2012 15:21 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)

REGIÃO

         Os professores da rede estadual de ensino entram em greve a partir de segunda-feira, dia23. Adecisão foi tomada na terça-feira, dia 17, durante assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte),em Florianópolis. Segundoa coordenadora regional do Sinte, Sandra Zawaski, o governo reconheceu o piso nacional de R$ 1.451,00 ano passado, mas houve um achatamento da tabela. “Os professores beneficiados foram aqueles com licenciatura curta. Temos documentos assinados em que o governo se compromete a descompactar a tabela, mas até o momento isso não aconteceu”, argumenta Sandra.

         Segundo o Sinte de São Miguel do Oeste o governo não está aplicando 25% dos recursos em Educação, como prevê a Constituição. “O governo diz que não tem dinheiro, mas os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) estão indo para outros órgãos, como o Tribunal de Contas, Poder Judiciário e Ministério Público”, diz Sandra.

         A classe também não aceita o parcelamento do reajuste. “O Estado estendeu até dezembro de 2013 o prazo para pagar os professores, mas a classe deveria receber este ano. A lei do piso estabelece uma data base e ano que vem teremos outro aumento”, afirma a coordenadora regional do Sinte. Uma assembleia regional está marcada para a próxima segunda-feiraem São Migueldo Oeste. “Vamos se organizar e criar um comando de greve para o movimento ganhar força”, anuncia Sandra.

         Ano passado os professores ficaram 62 dias fora da sala de aula. O secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, diz que com os professores parados, mais uma vez não há negociação. “Poderíamos continuar negociando e focar nossos esforços para conseguir verba federal, mas agora teremos que fazer a gestão da crise. A paralisação da categoria só trará prejuízos para pais e alunos”, rebate Deschamps. A direção de 1.112 unidades escolares receberam orientações para manter as escolas em funcionamento e registrar falta aos professores que não estiverem em sala de aula.

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