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Anda sem desejo sexual? Saiba por que e veja os caminhos para reencontrar sua libido

Um tempão sem tocar o corpo dele, sem receber carícias e com saudade daquele sexo feliz? Descubra os motivos e saiba o que fazer!

Ciência - 11/11/2012 17:13 (atualizado em 30/11/-0001 00:00)

Sobrecarga de trabalho, milhões de obrigações familiares e sociais, demandas urgentes com os filhos, rotina enfadonha no relacionamento estável e crises de insatisfação com o próprio corpo – que parece muito distante do modelo de beleza talhado a bisturi e malhação. Com tudo isso, não é de se estranhar que muitas mulheres coloquem o sexo em segundo plano. Ou melhor, em oitavo. É essa sua posição no ranking dos ingredientes que garantem às brasileiras qualidade de vida, de acordo com uma pesquisa realizada em dez capitais do país e coordenada pela psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E os fatores acima são algumas das justificativas citadas para o descaso. Mas a causa pode estar também ligada a questões de saúde, como anemia, diabetes, hipotireoidismo e transtornos de ansiedade, às vezes acompanhados de uso excessivo de álcool e drogas.

O fato é que o sexo acaba fora do cardápio de bem-estar e felicidade. No livro Descobrimento Sexual do Brasil – Para Curiosos e Estudiosos (Summus Editorial), Carmita observa que 27% das mulheres enfrentam a falta de desejo sexual persistente. A situação atinge especialmente as faixas etárias de 18 a 25 anos e acima dos 40. Elas não conseguem se excitar, não relaxam, travam... E preferem evitar a cama. A expert diz que dá para reverter o quadro. O primeiro passo é sair da inércia e investigar as causas – que podem ser físicas ou emocionais. Só com um diagnóstico mais preciso é possível traçar uma estratégia de regaste da vontade e do prazer.

Remédios e hormônios

Quem tem depressão, que está no enredo de 40% dos casos de desejo frágil, deve conversar com o médico sobre remédios. Antidepressivos atuam no sistema límbico, o responsável pelo controle das emoções, e diminuem a libido. A dose pode ser reajustada ou a droga substituída por uma mais adequada. A desvenlafaxina regula de forma mais natural os neurotransmissores serotonina e noradrenalina sem interferir no sexo. A agomelatina e a bupropiona são também alternativas encontradas no mercado. Outro ponto a investigar é a dosagem das substâncias químicas do organismo que influenciam o desejo sexual. A testosterona, hormônio masculino ligado à produção da libido e presente na mulher, aumenta no meio do ciclo menstrual e faz crescer a vontade de ir para a cama acompanhada. O estrógeno, hormônio feminino que determina as curvas, é o combustível do sexo. Em baixa concentração após a ovulação e o parto e na menopausa, tende a deixar a mulher sem excitação e com a vagina ressecada. No período fértil, quando ela está pronta para engravidar, seu nível elevado joga o desejo lá em cima. Já a progesterona fica em alta no fim do ciclo, reduzindo o desejo para que, em tese, o corpo feminino priorize a gestação. Exames para avaliar os níveis hormonais identificam desajustes e o médico pode orientar como corrigi-los.

A reposição hormonal – apesar das polêmicas que a relacionam ao câncer – ajuda a recuperar a libido. Em alguns países, são ministrados adesivos de testosterona, mas, no Brasil, o método é controverso. “O uso está liberado só para mulheres que retiraram os ovários e para depois da menopausa”, diz Carmita. Na batalha, ainda não dá para contar com o “Viagra da mulher”: assim conhecido, o remédio Flibanserin, do laboratório Boehringer Ingelheim, caiu em desgraça antes mesmo de aparecer nas farmácias, pois o FDA, órgão que regulamenta os medicamentos nos Estados Unidos, atestou sua ineficácia. “Outros estudos têm sido realizados com o objetivo de chegar a drogas que atuem no sistema nervoso central para melhorar a energia sexual feminina”, afirma a psiquiatra. A dor no ato sexual (dispareunia) e a contração involuntária dos músculos da vagina (vaginismo) também podem levar a repelir o sexo. “Algumas mulheres com problema têm o tônus muscular tão aumentado que não conseguem introduzir sequer um absorvente, porque dói”, diz a fisioterapeuta e doutora em urologia Mirian Kracochansky, de São Paulo. Em sessões de fisioterapia, exercícios de relaxamento ou de fortalecimento, conforme o caso, combatem o problema e ainda devolvem a lubrificação da área.

Fonte: Revista Claudia
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